sexta-feira, 6 de dezembro de 2013




VAMOS À ESCOLA



“Vamos à Escola” e desenhamos formas simples. O suporte, esse quadrado mágico de 15x15cm retém as memórias dos gestos e os rastos que as mãos deixam no percurso dos desenhos. “Vamos à Escola” com 6 ou 89 ou 65 ou mesmo 58 anos. “Vamos à Escola” porque o tempo dos anos que temos, não conta.









“Vamos à Escola” é um projecto que estou a desenvolver, em regime de voluntariado, na EB23 em Estarreja com idosos da Santa Casa da Misericórdia de Estarreja. Estamos lá às quartas feiras à tarde e, neste momento, desenvolvemos trabalhos em cerâmica. Numa das últimas quartas, juntaram-se a nós os “passarinhos” do 5º ano da turma da Conceição Redondo. Conto com a parceria do ceramista Fernando José Morgado.
Elisabete Amaral, 6/12/2013





 

domingo, 17 de novembro de 2013




MOMENTOS


















Momentos são, por definição, espaços de tempo de curta duração. Não definimos tudo, especialmente o que resulta da imaterialidade do pensamento.
Momentos são esses fragmentos de tempo que convocam o ser das imagens que aqui apresento. São momentos sem tempo que pretendem transferir-se para além de mim.
São memórias de construção, onde as linhas e as manchas do desenho insistiram em agarrar-se ao suporte, emancipando-se nestas imagens.
O que há de comum, por exemplo, entre os desenhos de Leonardo, as pinturas de Caravaggio, as gravuras de Durer, as aguarelas de António Cruz, os ícones de Tàpies? São os exactos momentos em que qualquer um deles decidiu materializar a imagem que invadia e inquietava os seus pensamentos.
Momentos, podem ser espaços de tempo que tomamos nossos para perceber a vida e o mundo através de imagens que produzimos ou que outros o fazem para nosso (des)conforto.
Maria Afonso (Elisabete Amaral)
 17/10/2013

ESTA EXPOSIÇÃO DE GRAVURA E DESENHO PODE SER VISTA N'A FILANTRÓPICA, PÓVOA DO VARZIM, ATÉ 16 DE DEZEMBRO 2013.



segunda-feira, 16 de setembro de 2013




AS CORES DO GOSPEL

















 

Como é que o som das vozes de um coro Gospel podem influenciar a construção de uma imagem?
 Há, talvez, uma linguagem comum de improviso e gesto. O maestro e o desenhador actuam de forma performativa semelhante. Há uma transferência de acto através do corpo de ambos. O movimento do corpo e o gesto dão forma, cor, textura àquilo que é dito e pensado.
Os fundamentos que estão na base dos nossos gestos do quotidiano são os mesmos que estão na base do desenho.
No caso destes desenhos, o contexto foi o improviso tanto da música como do desenho, mas também o espaço onde a acção se realizou – a Bertrand/Fórum Aveiro.
Fiz antecipadamente, esboços da acção. Solicitei aos elementos do Coro Gospel da OMA-Oficina de Música de Aveiro (ao qual pertenço), que referissem qual a cor que associavam ao gospel. Cada um teria que responder rapidamente e informar a cor relação.
Durante o acto performativo usei as cores referenciadas.
Escolhi também alguns fragmentos das músicas escolhidas para o evento e, antecipei o trabalho, acrescentando algumas colagens ao suporte.
Este, é o resultado de actos que ganharam a memória do Gospel através das suas cores.

Maria Afonso
3 de Setembro de 2013