Tira-se uma “prova” para se
analisar a evolução de uma imagem. Este é um dos procedimentos correntes ao
longo do trabalho de um artista-gravador.
É “improvável” que, ao longo do
meu processo criativo, eu queira repetir uma imagem, conferir-lhe
características iguais, geminá-la. Procuro e persigo o estado das “provas” para
lhes encontrar diferenças. Fico obcecadamente atenta a esse momento de
paragem/fixação, em que decido e determino que, aquela, é a prova, ou
seja, é a imagem que me interessa naquele momento. Estas, pertencem a esse tipo
de imagens que fixei num dado momento. Apresento-as para contemplação.
É destas aparentes contradições
que acontece o meu processo de trabalho. Contradições? Porquê? Porque, tal como
noutras técnicas de reprodução, a xilogravura permite a repetição de uma mesma
imagem.
Entre a escolha da madeira, o
desenho sobre a matriz e a imagem espelhada no suporte – neste caso: papel, o
meu fascínio acompanha toda a evolução da imagem pensada. A este processo, somo
o imprevisto/acaso e, tudo termina com a contemplação por parte de outrem.
Maria Afonso
4/2/2013
(IM)PROVA(VEL) é uma exposição de xilogravura que se encontra em mostra na Galeria 302-gdst, na Rua 5 de Outubro, nº 310, Porto. Pode ser visitada até 30 de Abril, de segunda a sexta, das 10h às 21h.
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